Sobre a vida na Vila Ventura - Instituto Vila Ventura

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01/12/2024

Sobre a vida na Vila Ventura



A Chapada Diamantina é um paraíso para os fãs do ecoturismo e do turismo de aventura. A região, de onde faz parte o Parque Estadual do Morro do Chapéu, oferece atrações e atividades capazes de manter facilmente o viajante ocupado por um mês.


Será impossível se sentir entediado nesse exuberante cenário entre belas cachoeiras, poços de águas transparente, grutas com formações raras e trilhas por paisagens grandiosas. E como se não bastasse as belezas naturais, a Chapada Diamantina ainda encanta com lindas cidades históricas, gastronomia bem elaborada e um povo muito hospitaleiro. É daqueles lugares onde temos a certeza de voltar um dia e de onde sempre sentiremos saudade.

Apaixonar-se pela Chapada Diamantina não será difícil e bastará um banho nas águas vermelhas da Chapada Diamantina para recarregar as energias e entender que ali é um dos melhores lugares do Brasil para quem deseja intenso contato com a natureza. O destino é inteiramente apaixonante, mas vale destacar alguns detalhes que o tornam ainda mais especial.

E é neste contexto em que se situa a Vila Ventura. Uma linda parte integrante da tão deslumbrante Chapada Diamantina. Com uma paisagem belíssima composta por floresta remanescente da Mata Atlântica e boa parte do bioma Caatinga, a Vila Ventura se situa em um belíssimo vale e está cercada por morros verdejantes.

A vida na Vila Ventura é mansa e pacífica, com moradores tranquilos, receptivos e educados, trabalhadores, cujos filhos travam uma luta diária para estudar na sede do município de Morro do Chapéu. Abandonada pelo poder público, na localidade não há posto médico, internet ou até mesmo Agente Comunitário de Saúde, Médico, etc. 

As más línguas afirmam que a Vila Ventura é uma "cidade fantasma", que seus moradores são "descendentes de foragidos de Lençóis" e por aí vai. Essas pessoas demonstram absoluta e absurda ignorância com relação à Vila Ventura, suas tradições e seu povo. Desconhecem o que os ascendentes dos moradores que ainda vivem no local fizeram pela Bahia e pelo Brasil no auge dos tempos do garimpo de Diamantes. 

Mas enfim, se você for visitar a Vila Ventura verá que na maioria dos textos, vídeos, etc publicados, as informações são de quinta categoria e não se aplicam à história local e ao seu povo. É pura ignorância mesmo!   

O outrora e próspero Distrito sobrevive. Ainda se mantem em pé, graças aos seus abnegados moradores que não arredam pé da localidade, mantendo as tradições e a esperança de dias melhores. Politicamente abandonada desde a época da extinção da extração de Diamante e Carbonado, foi transformada em parque estadual.

A transformação por lei estadual em parque, se por um lado foi boa, com relação à preservação de uma parte significativa do eco sistema da Chapada Diamantina, por outro, foi extremamente complexo para as famílias que ali sobrevivem, proibidas que são, de prospectar o tão cobiçado Diamante e Carbonado.

Essa realidade tem sido encarada com paciência e abnegação por parte dos moradores que buscam outras formas de sobrevivência - como você pode ver neste site do Instituto - produzindo uma variedade de artigos limpos e ecologicamente corretos e responsáveis, como forma de gerar renda através da venda destes produtos.

A Vila Ventura tem suas próprias atrações turísticas como você pode observar pelas fotos exibidas neste site e também faz vizinhança próxima com outras belezas naturais que permeiam a paisagem da Chapada Diamantina a exemplo da Cachoeira do Ferro Doido que dista da sede da Vila Ventura apenas 13 km passando pelo povoado de Angelim.

Ou seja, se você optar por acampar na Vila Ventura, por exemplo, além de desfrutar de cachoeira na própria Vila estará muito próximo de uma das mais belas cachoeiras da Chapada.

Segundo o site Viva o Sertão a descrição da Cachoeira do Ferro Doido é essa abaixo sob aspas:


Quem trafega pela BA-052, nas proximidades de Morro do Chapéu (BA), cerca de 18 km antes de chegar no trevo de acesso à cidade, depara-se com uma singela placa com os dizeres “Cachoeira do Ferro Doido” afixada na beira da estrada. A placa, no entanto, não dá nenhuma ideia da grandiosidade e da importância turística que esta cachoeira tem para a região.

Para descobrir, reserve uma ou duas horas do seu dia, entre no acesso indicado, estacione o carro em cima de uma plataforma rochosa e irregular, e caminhe por alguns metros até encontrar um lugar único, com uma vista impressionante da região.

Em dias de maior movimento, especialmente quando o rio Ferro Doido (que cruza a rodovia um pouco mais à frente) está com água, o fluxo de visitantes é grande e diversos carros podem ser vistos na área usada como estacionamento. Quando o rio está seco, no entanto, o estacionamento fica vazio e poucas pessoas se aventuram pelo lugar. De uma forma ou de outra, trata-se de um passeio que deve ser feito por quem está na região.

Depois de estacionar o carro, a cerca de 100m da rodovia, uma caminhada de cerca de 300m pela direita conduz o visitante até o topo de uma das duas quedas de água que formam a Cachoeira do Ferro Doido (que recebe este nome pela grande quantidade de ferro presente nas suas águas e consequentemente pela cor escura das mesmas).

Antes disso, caminha-se ao lado dos metros finais de uma das duas derivações do rio Ferro Doido. Ao final da mesma, abre-se um desfiladeiro de proporções cinematográficas onde as calmas águas da derivação se precipitam numa queda de 115 metros de altura. Do lado direito, é possível caminhar sobre uma plataforma rochosa e apreciar a extensão e a profundidade do vale, assim como a sua rica vegetação.

A experiência, no entanto, não pára por aí. Agora é hora de contornar o desfiladeiro pelo lado oposto (esquerda de quem sai do estacionamento) e alcançar o lugar onde a segunda derivação do rio Ferro Doido busca os limites da plataforma rochosa para depois se precipitar.
Em épocas de chuva, a água segue em grande quantidade pelo leito de um canal bem desenhado pela natureza e a segurança manda que se fique afastado. Em épocas de seca, no entanto, o leito pode ser percorrido a pé, e dessa maneira vive-se a experiência única de seguir o caminho original das águas até o ponto exato onde elas desaparecem antes de tocar o solo no fundo do vale.

Para os mais aventureiros, existem guias de turismo que podem ser contratados em Morro do Chapéu (BA) e que promovem a prática do rapel no lugar. Além disso, existe uma trilha que pode ser feita a pé, até a parte debaixo da cachoeira (são cerca de 30 minutos de caminhada). Esta, no entanto, também só deve ser feita com o acompanhamento de guias especializados.

A Cachoeira do Ferro Doido é, sem dúvida, o grande cartão postal de Morro do Chapéu (BA). Por isso, se estiver por lá ou mesmo apenas de passagem pela rodovia, não deixe a curiosidade lhe atormentar: vale, e muito, dedicar uma ou duas horas para usufruir da sensação de grandiosidade e beleza infinita que apenas a natureza é capaz de proporcionar.


Para saber mais sobre as riquezas que eram exploradas na Vila Ventura pelos antepassados, além do Diamante puro, a Vila do Ventura era uma das grandes produtoras de Carbonado, e aparece como segundo maior fornecedor no mundo deste mineral exportado pelo Brasil, muito utilizado na 2ª Grande Guerra como matéria prima para a fabricação de armas. 




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